domingo, janeiro 01, 2006

Qual a surpresa?

Não será a melhor forma de começar o ano, mas não podia deixar passar em claro a entrevista dada pelo ex treinador do Sporting ao jornal O Jogo.

Não a li em pormenor, primeiro porque Peseiro é passado e não interessa nada ao futuro do Clube, depois porque não nutro especial interesse no desenvolvimento da carreira deste treinador nacional.

Deixo abaixo as respostas de Peseiro a duas das questões que lhe colocaram, onde revela, ou uma ingenuidade espantosa para um homem adulto, ou então uma má fé rasteira que não lhe assenta bem. E para não variar, uma grande falta de respeito pelos Sportinguistas, ao distorcer a realidade daquilo que se passou.

Logo a seguir, e sem ser um exercicio que me agrade por aí além, deixo também 5 links para outros tantos posts onde comentei desde a contratação de Peseiro até ao desenvolvimento do seu trabalho em grande parte da época passada.

E fica a pergunta... Teria sido assim tão dificil a Peseiro avaliar as condicionantes em que desenvolveria o seu trabalho no Sporting, tendo em conta o passado recente do Clube?

P Objectivamente, em que consistia essa agitação à volta da equipa?

R É sempre melhor cair em graça do que ser engraçado. Estive 16 meses no Sporting e tenho a certeza de que em nenhum momento me senti acolhido, protegido ou acarinhado. Apenas fui, algumas vezes - poucas -, tolerado. E esse contexto não nos permitiu sermos ainda mais fortes. Essa é uma mágoa que tenho, com responsabilidades minhas e de mais gente, também. Gostaria de ter tido a possibilidade de convencer as pessoas de que aquele projecto tinha condições para ganhar. Não faz sentido ter, ao quarto jogo, lenços brancos nas bancadas. Os próprios jogadores tiveram oportunidade de reconhecer que havia demasiada pressão sobre o treinador.

P E dessa confiança resultaram outras fracturas...

R Havia problemas na estrutura. Se houve uma demissão [de Carlos Freitas], é porque alguma coisa se passava. Acabei por nem ter a felicidade de ter coesão na estrutura, algo que deixou o projecto vulnerável para fora. Nem na semana do Benfica e da final da UEFA houve tréguas. Podia ter havido outro tipo de contexto e questiono o que teria sido deste projecto se houvesse todo o apoio. E pergunto-o, a todos os sportinguistas, o que seria desta equipa se houvesse esse contexto favorável. Eu nem sei onde teríamos chegado! Tenho pena de que nem todas as claques e nem todos os sportinguistas se tenham envolvido tanto no projecto como eu me envolvi.

http://sportingaolonge.blogspot.com/2004/05/peseiro-home-alone.html

http://sportingaolonge.blogspot.com/2004/10/trabalhe-e-cale-se.html

http://sportingaolonge.blogspot.com/2004/11/discordancia-nao-e-o-mesmo-que.html

http://sportingaolonge.blogspot.com/2005/01/avaliacao-de-meio-de-temporada.html

http://sportingaolonge.blogspot.com/2005/03/continuidade-do-treinador.html

1 Comments:

Blogger Bulhão Pato said...

Peseiro não tem direito de se queixar de falta de apoio ou empenho. Por menos do que o arranque calamitoso do início da época passada, caíram Robson, Marinho Peres ou Waseige. Teve todas as condições para ser campeão - falhou por demérito.
De Peseiro, quero guardar a recordação do jogo com o Newcastle, o melhor jogo europeu que vi o Sporting realizar. Mas inevitavelmente a minha memória é assaltada pelo pesadelo do CSKA. É esse o seu legado.

11:55 da tarde, janeiro 01, 2006  

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