Silêncio
Acho estranho, tendo sido o Sporting o clube nacional que mais se bateu pela intervenção do Estado nos poderes do futebol e na clarificação das relações institucionais entre os seus intervenientes, que agora se remeta ao silêncio.
Parece-me que, tendo o cuidado de não aumentar a confusão que se vive, estaria aqui uma excelente oportunidade de relembrar o que foram as posições do clube no passado, as suas pretensões, e de trazer essas propostas novamente para cima da mesa, isto assumindo que os actuais dirigentes do Sporting continuam a desaprovar a forma como o futebol está organizado e é gerido.
A realidade é que, perante a imagem de falta de competência, desorganização e posturas antagónicas entre FPF e Liga e entre os vários dirigentes de ambas as instituições, com destaque para o braço de ferro Valentim-Cunha ou Valentim-Madaíl, é muito estranho que o Sporting não tenha tomado uma posição publica relativamente ao tema e sobretudo se tenha aliado a esse tipo de figuras nas ultimas eleições para a Liga.
Como respeitar e levar a sério as pretensões de quem apoia e mantém Valentim Loureiro no poleiro do poder?
A menos que, como referi anteriormente, a estratégia do clube tenha sido radicalmente alterada e se pretenda agora "fazer o jogo" que mais interessa, entrando directamente nos arranjinhos e sendo um poder efectivo na tomada de decisões.
Resta saber se o clube tem "argumentos" suficientes para desenvolver esse tipo de plano.
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