segunda-feira, setembro 26, 2005

Uma questão de timing...

O restante texto parece ser uma “manobra” para afastar atenções da exibição de ontem mas não é. Nem é uma defesa do actual treinador do Sporting. É a chamada de atenção para algo que me parece muito mais importante.

As próximas eleições do Clube.

O passado do Sporting, pelo menos aquele que remonta há 30 anos, está cheio de equivocos, más decisões e sobretudo... falta de timing.

Na tentativa de implementação do famoso plano SCP de João Rocha, na saída deste da presidência do Clube, no recuo do grupo “Roquete” em apresentar-se a eleições logo em 89 devido á candidatura de Sousa Cintra, na saída das duas figuras mais marcantes do dirigismo Leonino até 2001 (Roquete e Duque) e novamente na saída de outras duas figuras do dirigismo do Sporting (Ribeiro Teles e Bettencourt), decisões polvilhadas com dezenas outras de menor monta mas com um peso elevado na estabilização de uma estratégia coerente para a condução do Clube... tudo sempre deixando uma sensação de desnorte e de péssima noção do tempo certo para decidir e implementar uma estratégia, um plano, um... "projecto".

Para o ano o Sporting vai a eleições, momento importante e crucial na vida do Clube. O problema é o momento escolhido para essas eleições (neste momento tudo indica que em Setembro ou Outubro).

Pessoalmente acho que seria FUNDAMENTAL que as próximas eleições para a Direcção do Sporting fossem já em Fevereiro, no máximo em Março, porque me parece um erro tremendo ser esta equipa directiva a preparar a época 2006/07, “correndo o risco” (sim, eu sei que ás vezes pareço lirico, mas já esteve mais dificil) de não sair vencedora e “obrigar” quem entra a estar subordinado a uma estratégia que não é a sua.

Essa opção custar-nos-ia mais um ano, algo que é impensável neste momento da vida do Clube, sobretudo depois do tempo que já perdemos no periodo 2002/04. E nem o risco (que pode ser reduzido e controlado, assim haja responsabilidade por quem se candidatar) de originar focos de pressão sobre a equipa de futebol profissional pode servir como desculpa para não optar pela solução da antecipação.

Naturalmente que neste cenário e pelas mesmas razões, me parece contra-producente estar a promover alterações no comando técnico até ao final da época, motivo pelo qual defendo a permanência do actual treinador até ao fim do seu contrato.

Questões como quem apoio para presidente do Sporting, da SAD ou como treinador da equipa profissional ficam para outro dia...

3 Comments:

Blogger Mike BlitzGreen said...

Concordo com o comentario. Mas Duque apesar de ter dado no 1 ano uma equipa e um titulo ao scp e nao lhe retiro esse merito no 2 ano encheu se á grande com as comissoes dos jogadores k foi buscar. E nao lhe vou perdoar nunca o dinheiro (um milhao e meio de contos) gasto no anormal do Tello. E fico me por aqui.....

2:57 da tarde, setembro 26, 2005  
Blogger Bulhão Pato said...

Concordo genericamente com a questão do timing da assembleia, mas deixo em aberto uma questão: alguém pode garantir que, indo a votos, a actual direcção (ou o seu sucedâneo) vai perder? No Sporting vigora, como sabem, o princípio da antiguidade eleitoral. Isso quer dizer que não há eleição nenhuma no clube que não seja definida pelo extenso grupo de sócios cinquentenários e afins. Mil sócios cinquentenários têm um peso eleitoral enorme.
Respeito-os imenso pela paixão clubística, mas temo que a maioria destes sócios opte por uma solução de continuidade política no clube. A chave para as eleições do Sporting é, e sempre foi, a tendência maioritária deste núcleo de pessoas com mais votos! Quem adivinha o candidato do seu agrado?

6:46 da tarde, setembro 26, 2005  
Blogger Rui said...

Eu tenho uma esperança que chegue alguém que, sem se afastar daquilo que foi traçado (pelos tais figurões financeiros que aparecem na lista do Centenário), traga alguns conceitos novos e obviamente diferentes, em relação aos que se utilizam actualmente.

Alguém que entenda o plano desportivo como a mola real do Clube e o transforme na prioridade.

Que entenda que o maior patrimonio do Sporting não são coisas (não é o imobiliario) mas sim os Sportinguistas.

Para que isso aconteça é necessário que a fatia de associados mais jovens (que já não são assim tão poucos) se convença de vez que o "Projecto" tantas vezes vendido, nunca foi realmente aplicado, excepção feita ás infraestruturas entretanto construidas, situação que em si nem merece assim tantos encomios... afinal os nossos adversarios fizeram o mesmo.

11:13 da tarde, setembro 26, 2005  

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