sexta-feira, dezembro 29, 2006

Avaliação de meio de época

Chegados ao final do ano, e quase no virar para a 2ª volta, vem a propósito uma pequena avaliação do plantel do Sporting.

Dividida por sectores, como gosto, começando pela defesa.

Ricardo (10) tem estado como quase sempre. Influente em alguns jogos, quer pela positiva quer pela negativa, mostrou pouca evolução nos aspectos em que normalmente falha. Um breve comentário à exibição de Rui Patricio na Madeira, a fazer sonhar com a possibilidade de ver finalmente na baliza um excelente guarda redes nacional, algo que não acontece há quase 20 anos.

Na direita Abel (9) tem sido uma pequena decepção, desde logo porque, não se sabe bem porquê, perdeu a titularidade da época passada, depois porque a lesão contraída em Milão o colocou de fora da equipa quando parecia querer regressar em forma. Miguel Garcia (8), pese embora a boa vontade e o profissionalismo de que dá mostras, pouca ou nenhuma qualidade oferece.

No centro da defesa quer Polga (12) quer Tonel (12) merecem nota positiva, mostrando-se em bom plano na generalidade dos jogos. Sublinho a palavra positiva, porque não considero sequer um adjectivo como “imperial” para qualificar as exibições destes jogadores, como já li a várias pessoas.

Na esquerda (ou na direita) nota alta para Caneira (14) que até agora tem sido o defesa em destaque, e avaliação positiva para Tello (11), que não obstante a falta de qualidade evidenciada para jogar como titular no Sporting, tem compensado com uma grande entrega. A Ronny (9) quase se aplica o que escrevi sobre Garcia, com a diferença a residir na possibilidade de evolução do jovem brasileiro.

Passando para o meio campo defensivo, Custódio (8) é um desastre com pernas. Não tem perfil para a posição que ocupa em campo, falta-lhe a “brutalidade” necessária, é muito lento e demasiado “contemplativo”, arrisca pouco no passe e não joga para a frente. Se gostam dele, tentem obter rendimento noutra posição qualquer.

Já Miguel Veloso (11) deixou pistas para um melhor aproveitamento no futuro, especialmente nesta zona do terreno, uma vez que me parece render menos no centro da defesa.

Finalmente Paredes (8), em quem depositei muitas esperanças de ver um “patrão” para o jogo da equipa, mesmo depois de alertado para a possibilidade de estar fisicamente acabado para o futebol a este nível competitivo, é um simbolo do falhanço da politica de aquisições desta época, pelo menos até agora. Pesado, lento, com dificuldade de colocar em campo a experiência adquirida ao longo da carreira, tem sido uma decepção.

Nas funções mais ofensivas do meio campo, Moutinho (16) é o destaque natural, ou não fosse ele o melhor jogador do Sporting na actualidade. Resta saber até que ponto pode ser utilizado como organizador do jogo atacante, concretizando assim a sua evolução como um dos jogadores mais completos do futebol mundial.

Farnerud (10) é ainda uma incógnita, mostrou alguns apontamentos de qualidade, mas não o suficiente para o considerar um verdadeiro reforço, ao passo que Carlos Martins (9) tem sido outra decepção, aparentemente mais livre de lesões, com falta de continuidade para estabilizar o seu jogo, por “culpa” do treinador e também sua, é neste momento um jogador em quem já não confio. João Alves (8) não provou a época passada, e pelos vistos o facto de não ter tido oportunidades nesta não o preocupa, o que não abona muito a seu favor.

Por fim Nani (10) começou razoavelmente a temporada, mas o excesso de publicidade em seu redor, maior parte dela exagerada, e a aparente falta de capacidade para manter os pés no chão, levou a que se perdesse em pormenores pouco produtivos, dentro e fora do terreno de jogo. A potencialidade está lá, agora resta saber se o jogador está interessado em ser um verdadeiro profissional ou um palhaço do circo.

No ataque a referência mais negativa será mesmo a falta de produtividade goleadora de Liedson (12), que mesmo marcando pouco mostrou quase sempre uma garra e entregas a assinalar.

Yannick (11) foi uma boa surpresa, embora ainda com muito a aprender. Creio que por agora estará fadado para determinado tipo de jogos, que exijam um jogo mais rápido na frente, de contra-ataque, onde o adversário jogue mais aberto atrás.

Bueno (10) tem feito uma adaptação progressiva à equipa, apesar de ainda não ter mostrado todas as suas qualidades. Naturalmente que eu, por ter acompanhado parte da sua carreira no pais de origem, sei o que pode render e portanto posso ter mais paciência com o jogador. Assumo no entanto que em condições normais o uruguaio não teria lugar no plantel.

Quanto a Alecsandro (9), pareceu-me ser a alternativa mais correcta para acompanhar Liedson, tendo em conta a capacidade de choque necessária para abrir espaços para o levezinho, mas a verdade é que o brasileiro ainda não me convenceu, embora continue a ter margem de manobra em Alvalade.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

bom ano!!

sporting sempre

1:12 da manhã, dezembro 31, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Um ano de 2007 cheio de boas notícias pessoais, profissionais e sportinguistas são os votos do Blog O LEÃO DA ESTRELA!

11:52 da tarde, janeiro 02, 2007  
Anonymous Anónimo said...

com sportinguistas assim, para que são necessários adversários...

11:43 da manhã, janeiro 05, 2007  
Blogger Mike BlitzGreen said...

lol
uma analise fria concisa e muito bem feita é de adversario.....vai pastar anemico......

11:18 da tarde, janeiro 05, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Vejam uma história gira sobre os 7-1 em www.orestauradorolex.blogspot.com

11:41 da manhã, janeiro 12, 2007  

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