terça-feira, novembro 22, 2005

Leão Fedorento - Série Meireles

RECORD – Como vê o regresso de Carlos Freitas?
RUI MEIRELES – Para mim, Carlos Freitas e Rita Figueira não foram regressos, porque não deixaram um minuto de me apoiar, sempre que lhes pedi. De forma graciosa, o Carlos Freitas e a Rita Figueira ajudaram-me sempre, mesmo do lado de fora.

Carlos Freitas ajudou à borla o Meireles? Como e em quê? Será que meireles pediu uns acessos à base de dados do Freitas? O Paulo de Andrade sabia destas ajudas?

R – Com Carlos Freitas, a SAD vai voltar a apostar no mercado externo?
RM – Portugal tem excelentes jogadores, mas aquilo que a realidade tem demonstrado é que se consegue ir ao exterior contratar jogadores mais baratos do que no mercado interno.

É uma infeliz realidade. O mercado português está inflaccionado e qualquer jogador brasuca – já “feito” – sai mais barato que um tuga saído das camadas jovens de um clube médio

RECORD – A realidade mostra que o impacto continua a ser muito forte?
RUI MEIRELES – De facto, verificamos que o futebol, o resultado desportivo, continua a ter uma importância muito grande. Não tem importância ao nível de todo o grupo – não afecta nada os projectos imobiliários, por exemplo –, mas afecta o "merchandising", afecta a venda de bilhetes, se calhar valoriza menos uma transmissão televisiva. Não se conseguiu dar o salto, no sentido de tornar o Sporting impermeável aos resultados.

A sério que o futebol é assim TÃO importante no clube? Ainda não tinha percebido...


RECORD – A negociação com a banca tornou o clube dependente, mas com saúde financeira forte. É verdade?
RUI MEIRELES – O Sporting tem tantas ou mais dificuldades que os outros clubes. Aquilo que se fez foi criar condições para o clube ser viável e não é correcto dizer que o Sporting está dependente da banca. O Sporting está dependente de si próprio e da sua capacidade de cumprir os compromissos que assumiu.

Não está dependente da banca. Está dependente do pagamento à banca. Percebido.

RECORD – Quais os méritos do acordo com a banca?
RUI MEIRELES – O acordo que o Sporting fez com a banca só foi possível face aos níveis de credibilidade que foi transmitindo para a banca e para aqueles que circulam à sua volta: fornecedores, outros clubes, jogadores, treinadores. Mas, em relação aos méritos do acordo, o Sporting tinha obrigações a curto prazo que o asfixiavam. O que fizemos foi transformar dívidas de curto prazo em médio e longo prazo. Até 2018, 2019, 2020. Conseguimos passar a fatia mais gorda do endividamento para médio e longo prazo, o que permite gerir de forma mais confortável o dia-a-dia, sem tanta pressão de tesouraria.

Até porque nessa altura já não estarás no Sporting, né?

RECORD – Estas medidas terão impacto sobre o reforço do futebol?
RUI MEIRELES – Foram criadas regras para investir em jogadores. Não podemos fazer investimentos sem antes realizar mais-valias na venda de jogadores. O Sporting não compra antes de vender.

Vendemos “lebre” e compramos “gato”

RECORD – Essa necessidade de gerar mais-valias pode estrangular o futebol, baixando os níveis de exigência?
RUI MEIRELES – Estou em desacordo, porque a nossa ambição desportiva é todos os dias maior e está a um nível elevado. O Sporting quer ganhar tudo em que entra. O que pensamos é que o podemos fazer com menos custos. Pergunto: o ponto a que ficámos do FC Porto justifica terem o dobro dos nossos custos com o pessoal?

Se calhar justifica. Pelo menos teríamos entrada directa na LC, além do prestígio.

R – Acabou por não revelar a sua opinião sobre Ribeiro Teles e Ferreira da Silva...
RM – Não são candidatos e esta é uma área sobre a qual não gostaria de alongar-me muito mais. Como sportinguista, com 43 anos de sócio, sei a quem vou entregar os meus votos.

Tás com mais sorte que eu. Apenas sei a quem NÃO vou os entregar ...

R – Esteve no centro da polémica fuga de Paços Ferreira. O que é que se passou?
RM – Saímos mais cedo, é um facto. Não há como vê-lo de outra forma e percebo as interpretações que se fizeram “a posteriori”. No entanto, eu sempre fui para os jogos em viatura própria, com as pessoas que entendo e frequentemente abandono o estádio algum tempo antes do final dos jogos. Não houve, pois, nenhuma razão objectiva para sair mais cedo naquele dia. Houve, sim, uma coincidência negativa, que foi, quando ia a sair com Pedro Mil-Homens e José Aragão Pinto, aparecer o Paulo Andrade, que tinha sido aconselhado pela equipa de seguranças que acompanha o Sporting a abandonar o local. Naquele momento, ninguém pensou nas consequências que iria ter. Sinto-me penalizado por isso. Com as responsabilidades que tenho, devia ter tido a paz de espírito para equacionar as consequências daquela saída antes de tempo. É uma lição que fica.

Vá lá, ao menos aprendeste qualquer coisa. Espero que para a próxima não voltem a ser cobardes.

2 Comments:

Blogger Rui said...

O homem é duplamente cobarde:

- Porque fugiu efectivamente em Paços.

- Porque agora tenta passar a ideia que o cobarde era quem já não está lá.

Este tipo mete-me tanto asco que nem existem adjectivos para o quantificar.

Ao ver o ultimo jogo em Penafiel, quando davam as imagens do panhonhas com o Tó Raposa, estava sempre á espera de ver o Meirélio de peida para o ar com o Tózinho a enrabá-lo...

9:52 da tarde, novembro 22, 2005  
Blogger Galáxia Wrestling said...

Esta entrevista do cromo é perigosa, e parece-me que a maior parte dos sportinguistas não lhe deu a importancia devida, principalmente naquilo que às modalidades e Bingo diz respeito...

8:44 da tarde, novembro 24, 2005  

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