Sporting 2 - Vitória 0

Esta noite o Paulo Bento "ganhou" mais uma semanita antes da prometida avaliação.

Não quero com isso dizer que o fosse desancar de alto a baixo, mas existiam alguns pontos em que a avaliação, se não negativa, estava lá perto.

Pormenores como a não utilização do André Marques, a titularidade do Sá Pinto ou as opções tácticas da equipa.

Hoje alguns desses pontos foram "corrigidos", pelo menos entendo-o assim, embora ainda haja muito por fazer... é certo que ainda passou pouco tempo.

Sendo assim deixo para a próxima semana a tal avaliação provisória, passando directamente a um breve comentário acerca do jogo de há pouco.

Gostei da entrada da equipa, nomeadamente os primeiros 15 minutos. Depois tivemos mais do mesmo, com a perda gradual do controlo do jogo e alguns lances inexplicáveis em jogadores profissionais. Acho que o "apagão" do Carlos Martins também teve que ver com isso, a juntar ao facto de estarmos a jogar com menos um jogador, de seu nome Rudolph "Raindeer" Douala.

No intervalo a sensação era de resignação. Acabámos a jogar aos repelões, sem consistência nenhuma e com um ponta de lança que não parece ser o indicado para ficar sozinho na frente.

Os primeiros 25 minutos da 2ª parte foram um regalo. De modo nenhum quero embandeirar em arco, mas se jogarmos mais vezes assim, certamente começaremos a ter bastantes alegrias.

Carlos Martins pegou no jogo, Moutinho acordou e mostrou porque começa a ser a grande referência do Sporting, Nani teve momentos muito bons, Tonel apresentou-se com o acerto que se lhe começa a reconhecer e até Custódio esteve bem melhor do que lhe tem sido visto, jogando também para a frente em vez de apenas para os lados.

Uma palavra especial para o Ricardo, que teve um punhado de excelentes intervenções... quem nos dera que fosse sempre assim.

A meio do segundo tempo dei por mim a pensar, enquanto assistia ao pressing alto que a equipa praticava, ajudado por uma frescura fisica surpreendente, mesmo reconhecendo que o adversário jogou a meio da semana, que se a terna brasuca Rogério, Polga e Deivid fosse substituida pelos tugas e made in Alvalade Beto, Semedo e Varela, o onze titular seria 100% português e com uma média de idades verdadeiramente empolgante. Existirão tomates para avançar nesse sentido?

Colocando tudo isto em perspectiva, hoje ganhámos apenas 3 pontos, mas podemos ter ganho algum respeito próprio, que nos pode ajudar na próxima jornada quando visitarmos o previsivel lider da classificação.

Não é um teste decisivo, muito longe disso, mas pode dar indicações importantes (dará certamente) relativamente ao que podemos esperar para os tempos mais próximos.