quinta-feira, dezembro 07, 2006

A questão táctica e os reforços

Antes de pensar em reforços o Sporting tem de decidir que tipo de táctica quer implementar.

Até agora a opção tem caído no 4-4-2 em losango, táctica utilizada desde os tempos de F Santos, seguida por Peseiro (com alguns lapsos, sobretudo na parte final do seu trabalho) e continuada por Paulo Bento.

Depende da escolha, a manutenção deste 4-4-2 ou a passagem para um 4-3-3 puro, o futuro de eventuais contratações já no mercado de inverno, isto apesar das declarações recentes de Soares Franco e Paulo Bento parecerem claras... o Sporting está satisfeito com o plantel e não tenciona proceder a alterações.

Seja qual for a opção, acho que devem ser contratados dois jogadores. Na óptica da manutenção da táctica actual, um distribuidor de jogo e um avançado. Para a alternativa em 4-3-3, dois extremos. E isto tendo como finalidade apenas um acerto parcial do grupo, o que quer dizer que até ao final da época seria necessário avaliar uma série de jogadores com vista à sua eventual substituição... mas isso fica mais lá para a frente.

Pessoalmente acho o 4-3-3 mais equilibrado, defensivamente mais forte e ofensivamente mais flexível, apesar de uma menor presença na área.

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Por outro lado o 4-4-2 é bastante mais ofensivo, sobretudo se bem trabalhado, com grande mecanização entre os avançados e o médio ofensivo e subidas a preceito dos laterais.

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Parece-me óbvio que esta ultima táctica necessita muito mais trabalho e sobretudo maior qualidade no plantel.

Com ambas se mantém um triângulo no meio campo, embora as funções se pretendam um pouco diferentes. Mais estendido no terreno e com maiores preocupações defensivas no 4-4-2, mais compacto e pressionante na zona central e com um cunho mais ofensivo no 4-3-3.

Seja como for este trio do meio campo é fundamental para o dominio de jogo, uma vez que jogar só com dois médios de cobertura me parece demasiado arriscado no início da construção de uma equipa.

Assim sendo teriamos uma defesa com os quatro defesas clássicos, de preferência constituida por Abel, Tonel, Polga e Caneira.

Depois o trio do meio campo, incluindo Miguel Veloso, Moutinho e Tello.

Finalmente na frente a variante entre ambas as tácticas.

Para o 4-4-2, com Romagnoli no vértice avançado do losango e Liedson e Bueno como homens de área (em vez do argentino pode ser Carlos Martins e em vez do uruguaio Alecsandro ou Yannick, dependendo do adversário). Para o 4-3-3, teriamos Nani na direita e Yannick na esquerda, com Liedson como homem de área.

Naturalmente que os reforços seriam, para o 4-4-2, um homem para o lugar de Romagnoli/Martins e outro para o de Bueno/Alecsandro/Yannick. E para o 4-3-3, titulares para os lugares de Nani e Yannick.

Fica ainda um acerto por fazer em relação ao trio que apontei para o meio campo, que implicaria a chegada de mais um reforço para substituir Tello. Um pequeno esforço financeiro que valeria a pena para aumentar a qualidade do onze titular.

E suporte financeiro para o fazer?

A solução óbvia passaria pela venda imediata de Nani, que renderia certamente uma verba a rondar os 10/12 milhões de euros. Seria claro está uma medida de recurso, assumindo que o jogador tem condições para evoluír e valorizar-se no futuro, mas que colocada contra a possibilidade de poder reforçar efectivamente a equipa com três jogadores de qualidade assegurada, se justifica neste momento.

O problema, como sempre, é saber até que ponto a Direcção da SAD necessitará desta verba para equilibrar o exercicio anual, sobretudo agora com a eliminação das competições europeias.

Em teoria, de acordo com a estratégia apresentada no ultimo acto eleitoral, a venda do património impedirá a utilização das verbas provenientes das transferências noutras áreas que não o reforço da equipa, pelo que por esse prisma a totalidade da verba feita com a transacção de Nani estaria disponível para contratações.

Na prática, atendendo ao que já foi assumido por Soares Franco posteriormente à eliminação com os russos, as receitas previstas relativas à participação nas competições europeias também já foram alcançadas, pelo que não existe a necessidade de deslocar verbas de vendas de jogadores para equilibrar o exercicio... mas a realidade muitas vezes tem pouco a ver com o que é afirmado pelos dirigentes, sobretudo quando o necessário é controlar a opinião pública.

Veremos o que acontece.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sportinguistas

será já no próximo dia 14, quinta-feira, que ocorrerá o Sportinguíssimo, da Ofensiva 1906, e que irá contar com a presença do ex-capitão Manuel Fernandes, Jordão, Carlos Xavier, Litos, Mário Jorge, Oceano, Venâncio, Virgílio, Fernando Mendes e Ana Damas Oliveira, filha do malogrado Vítor Damas, que detém o número recorde de 743 jogos de leão ao peito.

Este primeiro Sportinguíssimo, que está a ter uma franca adesão dos sportinguistas, pretende ser fundamentalmente uma troca de experiências entre as várias gerações sportinguistas.

Como aliciante, os ex-jogadores leoninos irão ter intervenções durante o jantar, que irá ocorrer na Casa XXI, no Estádio José Alvalade, abordando vários e interessantes episódios sobre as suas carreiras no Sporting Clube de Portugal, onde os 7-1, ocorridos há 20 anos, serão um desses temas.

Obrigado

Assim, gostaríamos de indicar os contactos para reservas e informações sobre o Sportinguíssimo: www.ofensiva1906.blogspot.com
ofensiva1906@gmail.com e 91 951 44 10. Comparece.

JEN – OF1906

10:56 da manhã, dezembro 11, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Se o Moutinho for para a direita como esta no teu desenho o Sporting perde. Ele tem de estar 100% no meio.

5:58 da tarde, dezembro 18, 2006  

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