NAS PAMPAS (II)
Independiente – Continua a dar uma má imagem, com um futebol desgarrado e sobretudo muito frágil na defesa. O empate em Cordoba (0-0), perante um Belgrano que é potencialmente das equipas mais fracas do torneio, revela o muito trabalho que Burruchaga tem pela frente. Se as coisas não se alteram, o marcador do terceiro golo na final de 86 pode bem ser o primeiro técnico a sair. Ele ou Troglio no Gimnásia.
River Plate – Uma deslocação sempre complicada a Rosário, para jogar com o Newell’s, campeão em 2004, num jogo que não chegou ao fim.
O River ganhou por 2-1, com ambos os golos a serem marcados pelo “Tecla” Farías, bem servido por Belluschi. No entanto a exibição do River esteve longe de agradar plenamente aos hinchas.
Pela primeira vez Ramón Díaz juntou à dupla de atacantes (Silvera – Lavezzi) o reforço que chegou do River, La Gata Fernández. Resultados inconclusivos, a ver vamos o que este trio pode render no futuro. Pessoalmente acho que o ex-River não tem futebol para servir os colegas da frente.
Pode em todo o caso dizer-se que foi um bom resultado, sabendo que o Colón é muito forte quando joga em casa.
Estudiantes – Depois de 14 jogos, o actual campeão fica em branco. Foi um mau empate (0-0) contra uma equipa com poucos argumentos. Em todo o caso, foi a Gimnásia que pressionou, o que não deixou de ser uma surpresa para a equipa que está habituada a tomar conta do jogo.
E não fosse o penalty falhado e uma bola no poste, o “Pincha” poderia mesmo ter sofrido a primeira derrota da época.
Boca – O regresso do filho pródigo, Juan Román Riquelme, não correu da melhor forma. O Boca empatou na Bombonera com o Central (1-1), com um golo de Rodrigo Palácio. E a vedeta não jogou muito.
A verdade é que o Central, comandado por Kily González (outro regresso), acabou por manietar o “Dream Team” argentino em sua casa, perante o deleite de cerca de 2.500 adeptos que acompanharam a equipa desde Rosário.
Tal como outras equipas, também Miguel Angel Russo vai necessitar de tempo para estabilizar o jogo dos seus rapazes, confiando para já mais na qualidade individual que na capacidade colectiva.
Vélez – E a acabar a jornada, mais um empate (2-2), agora no “Cilindro”, numa partida em que o Racing orientado por Reinaldo Melro (ex River) e suportado em Claudio López e Facundo Sava, esteve a ganhar até aos descontos, quando Moreno y Fabianesi marcou o golo do empate.
E foi um jogo dividido, com o Vélez a dominar de inicio, graças ao trabalho que já vem de algumas épocas e que se baseia no primado do grupo e do jogo colectivo, ainda que com a excepção chamada Mauro Zárate (mais um golo para ele), e com o Racing a responder no fim do jogo, numa fase em que era só ataque.
1 Comments:
Excelente análise do campeonato argentino. Continua!
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