segunda-feira, agosto 31, 2009

ACADÉMICA - SPORTING (0-2)

Finalmente uma vitória, importante, a anteceder um período de pausa na competição.

Há quem diga que depois de um resultado positivo numa série menos feliz, nada como voltar a jogar logo a seguir para construir uma dinâmica de vitória. Há também quem ache que uma paragem, num momento a todos os títulos negativo, fará bem ao grupo para aliviar tensões e pressão.

Eu sustento a 2ª hipótese, parece-me que só fará bem à equipa ter estas semanas para analisar tudo o que aconteceu neste inicio de época, os muitos erros que foram cometidos, e tentar descortinar em conjunto soluções para os problemas existentes. O Sporting terá de seguida dois jogos em Alvalade com equipas pouco problemáticas, intercalados por outros dois jogos europeus, também sem grande nível de exigência, até visitar o Dragão. É a altura, já que o trabalho não foi efectuado na pré época, para colocar a equipa em velocidade de cruzeiro, reforçando a candidatura ao título, abrindo as portas da continuação na Liga Europa, tudo suportado em futebol moderno e de qualidade.

Ontem em Coimbra foi "mais do mesmo", sendo que o Sporting voltou a apresentar um futebol desgarrado, lento e previsível, desaproveitando durante toda a 1ª parte a qualidade técnica e de construção dos seus médios, optando pela pontapé para a frente de Polga e André Marques e o jogo directo de Veloso.

Quando Paulo Bento arrisca ofensivamente, colocando praticamente 4 avançados (Vukcevic, Saleiro, Liedson e Djaló), o jogo parte, os espaços aumentam, e a velocidade dos "extremos" começa a levantar problemas à Académica.

Poucos minutos antes do 1º golo enviei um SMS ao Mike nestes termos "o jogo tá partido, agora é aproveitar".

Infelizmente para quem é exigente, foi notório que ainda assim não foi a qualidade de jogo ou a maior movimentação da equipa que deram a volta, mas antes as arrancadas individuais e a entrega de alguns dos jogadores.

Mesmo neste período, que aliás foi curto porque o Sporting, com a vantagem, imediatamente perdeu o domínio do jogo (controlou-o onde foi capaz, com as excepções a serem mais uma vez os lances de bola parada), não se viu uma jogada colectiva ou movimentações estudadas do colectivo.

Claro está que a expulsão do jogador da Académica tranquilizou ainda mais o jogo do Sporting, ficando logo aí quase certa a vitória, se não nos lembrar-mos dos tais lances de bola parada, que são algo que se repete, jogo após jogo, sem que pareça existir vontade de os resolver por parte dos técnicos.

Fica no entanto uma questão importante. Que acontecerá no dia em que for escolhido o mesmo processo (arriscar na frente, jogando com dois blocos, o defensivo e o ofensivo, separados por 30 metros) contra um adversário de maior qualidade?