quarta-feira, dezembro 13, 2006

Um Projecto Alegre

Há quem fale muito e não diga nada (a verdade aplica-se a quem escreve e se “chama” Felizberto), e também quem, em meia duzia de palavras, sintetiza um percurso de anos.

“O Sporting é um projecto empresarial” e “Só conheço uma meta desportiva, que era a que estava no orçamento”, são duas pequenas frases de um discurso límpido e que não deixa dúvidas.

As palavras foram proferidas por Filipe Soares Franco no final do dia de reunião que os quadros das empresas do Projecto Empresarial Sporting (PES) mantiveram em Sintra, numa unidade hoteleira.

Pode espantar que a reunião não tenha tido lugar numa das infraestruturas que o PES dispõe para o efeito, mas certamente existe uma razão lógica para tal facto.

No entanto a questão marcante deste tipo de discurso tem que ver com a desresponsabilização que promove entre os colaboradores do PES, nomeadamente nos seus activos desportivos, a quem alguém um dia chegou a chamar futebolistas ou jogadores da bola.

Há alguns anos a meta desportiva do Sporting Clube de Portugal não era inscrita num orçamento, derivava da grandeza e do historial do clube, e os atletas que o representavam sabiam, desde o primeiro momento, que lhes era exigido vencer. Actualmente já não é assim.

Os tempos hoje são outros, o SCP transformou-se, lenta mas radicalmente, no PES, processo devidamente referendado pela esmagadora maioria de associados do clube.