O Director Tecnico

"A SAD está organizada em torno de duas linhas hierárquicas. Por um lado o futebol de formação, por outro o futebol profissional.... Cada uma das linhas tem um director-geral. Na formação é o professor Mil Homens e para o futebol profissional o Sporting tinha Carlos Freitas....Há muito que existe a necessidade de uma coordenação entre as duas linhas de forma a assegurar que a formação se faz para servir a equipa principal. Independentemente de isso ser desejado desde que a estrutura foi adoptada, essa coordenação nunca foi conseguida de forma satisfatória"

Esta é a parte mais relevante da entrevista que DC deu ao pasquim e que me leva a perguntar como é que se o gajo já percebeu isto ainda não avançou para o Director Técnico que eu tal como o Rui preconizo como passo fundamental para que o futebol do Sporting estabilize e entre no rumo certo.
É necessário alguém que não só coordene todo o futebol do Sporting como seja capaz de pôr ordem na casa e ao mesmo tempo esteja a coberto da instabilidade resultante da bola que não entrou, do apito trocado ou da substituição mal feita. Alguém que saiba que temos um extremo pronto para entrar na equipa este ano e um central já a seguir para o ano, mas que precisamos de arranjar pontas de lança. Alguém que corte pela raiz os primeiros indícios de indisciplina, que resolva rapidamente a renovação com Liedson, que não hesite em colocar Polga no mercado, que não tenha medo de dizer olhos nos olhos ao Rui Jorge que foi bom mas acabou-se, que prefira ter um líder forte como Barbosa ao seu lado a dar rédeas largas aos brasileiros que só pensam neles, que defenda o grupo em todas as circunstancias, deixando o trabalho de campo para o treinador que já demonstrou as suas capacidades nesta matéria, apesar de no banco ter cometido alguns erros com os quais esperemos tenha aprendido.
Mas infelizmente a opção agora passou por dar mais poderes a um Peseiro que já demonstrou ser frouxo e a um Andrade que parece ter pouco tacto para lidar com o balneário que é uma coisa completamente nova para ele, resta o próprio Dias da Cunha cada vez mais isolado e incapaz de perceber o que se passa à sua volta.
É pouco animador mas é o que temos.