segunda-feira, agosto 31, 2009

JOVENS A CARREGAR PIANOS

O kovacevic (do blog 442), num dos seus posts da semana passada, chega a uma conclusão:

"não são os putos, certamente, os culpados das más exibições que o Sporting teima em apresentar"

Estou totalmente de acordo com ele.

Uma equipa faz-se, seja o orçamento qual for, apostando num núcleo de jogadores forte e de qualidade (6/7), a que se devem juntar as "estrelas" (2/3) e os jogadores de 2ª linha (7/8), complementados com jovens da formação e/ou apostas de mercado nacional.

Dependendo dos clubes, das suas estratégias e das possibilidades financeiras, os "grupos" a que fiz referência terão uma constituição diferente, sendo que a proveniência dos jogadores será, também ela, específica.

No caso do Sporting, porque é uma estratégia assumida há muitos e muitos anos (quando comecei a ver a bola, em meados da década de 80, mais de metade da equipa titular era integrada por jovens da formação, ainda mais novos do que os actuais), os jovens formados na Academia assumem papeis em todos os grupos, dependendo da sua qualidade e regularidade.

Jovens são também os reforços estrangeiros que vão chegando, estando representados em todos os grupos.

Neste momento, e apesar da subjectividade da opinião, que é pessoal e susceptível de não corresponder exactamente à realidade, temos a seguinte distribuição:

Grupo "estrelas" - Liedson, Moutinho e Matías

Grupo "núcleo" - Patricio, Carriço, Polga, Miguel Veloso, Rochemback*, Izmailov, Vukcevic, Postiga

Grupo "2ª linha" - Tiago, Abel, Grimi, Pedro Silva, Tonel, Caneira, Caicedo, Djaló

Grupo "formação" - Batista, André Marques, Adrien, Pereirinha, Saleiro

Como é óbvio é ao grupo "núcleo", até mais que às "estrelas", que se deve exigir a regularidade e qualidade que sustentem toda a equipa, no sentido de se obterem resultados desportivos imediatos, mas também a correcta integração dos jovens valores que são formados ou contratados, e de uma forma geral o mesmo para qualquer jogador que entre no grupo, para que a sua adaptação seja realizada mais rapidamente e com maior qualidade.

Se olharmos bem para a distribuição, facilmente reparamos que é precisamente aí que o Sporting começa a falhar.

Jogadores como o Caneira, o Abel ou o Caicedo (este ultimo de forma relativa, já que acabou de chegar e é além do mais um jovem) deveriam estar no "núcleo", mas a sua qualidade/forma não permite contar com eles, isto apesar de na tabela salarial provavelmente terem esse "status".

Por outro lado, jogadores como Polga, Rochemback*, Postiga e mesmo Vukcevic (apesar da sua juventude) revelam tão baixo rendimento que a sua incorporação no grupo "núcleo" é mais um desejo (e uma expectativa, embora suportada) do que propriamente a realidade actual, sendo certo que na folha salarial recebem a esse nível.

Provavelmente Moutinho e Matías não deveriam ser considerados "estrelas", um porque parou a sua evolução como jogador (e a culpa não é dele), o outro porque só agora chegou e, como outros exemplos no plantel, mereceria ser incorporado pelo menos nesta primeira época num grupo menos "exigente".

Depois temos a "formação", que não só já forneceu, quantas vezes de forma extemporânea, jogadores para todos os outros grupos, quando na verdade e num Sporting bem "construído" ainda deveriam andar por aqui (Patricio, Carriço e Djaló são bons exemplos), mas também vê limitadas as possibilidades de evolução, ao não encontrar no "núcleo" e "2ª linha" o apoio em qualidade e experiência que necessitam.

Estes factores são responsabilidade directa da politica financeira/desportiva do clube, apoiados numa mentalidade pouco exigente, demasiado laxista e sempre pronta a "limpar" as responsabilidades de quem tem estado à frente da gestão do clube.

Enquanto a bitola for a renovação com melhores condições para jogadores que estão muito longe de ter a qualidade necessária para estar no clube, quer em trabalho apresentado dentro de campo, quer na necessária participação na evolução dos jovens que "teimamos" em promover e/ou comprar para a equipa principal, o clube não conseguirá elevar o nível qualitativo da sua equipa de futebol, e por consequência, dos resultados obtidos.

ACADÉMICA - SPORTING (0-2)

Finalmente uma vitória, importante, a anteceder um período de pausa na competição.

Há quem diga que depois de um resultado positivo numa série menos feliz, nada como voltar a jogar logo a seguir para construir uma dinâmica de vitória. Há também quem ache que uma paragem, num momento a todos os títulos negativo, fará bem ao grupo para aliviar tensões e pressão.

Eu sustento a 2ª hipótese, parece-me que só fará bem à equipa ter estas semanas para analisar tudo o que aconteceu neste inicio de época, os muitos erros que foram cometidos, e tentar descortinar em conjunto soluções para os problemas existentes. O Sporting terá de seguida dois jogos em Alvalade com equipas pouco problemáticas, intercalados por outros dois jogos europeus, também sem grande nível de exigência, até visitar o Dragão. É a altura, já que o trabalho não foi efectuado na pré época, para colocar a equipa em velocidade de cruzeiro, reforçando a candidatura ao título, abrindo as portas da continuação na Liga Europa, tudo suportado em futebol moderno e de qualidade.

Ontem em Coimbra foi "mais do mesmo", sendo que o Sporting voltou a apresentar um futebol desgarrado, lento e previsível, desaproveitando durante toda a 1ª parte a qualidade técnica e de construção dos seus médios, optando pela pontapé para a frente de Polga e André Marques e o jogo directo de Veloso.

Quando Paulo Bento arrisca ofensivamente, colocando praticamente 4 avançados (Vukcevic, Saleiro, Liedson e Djaló), o jogo parte, os espaços aumentam, e a velocidade dos "extremos" começa a levantar problemas à Académica.

Poucos minutos antes do 1º golo enviei um SMS ao Mike nestes termos "o jogo tá partido, agora é aproveitar".

Infelizmente para quem é exigente, foi notório que ainda assim não foi a qualidade de jogo ou a maior movimentação da equipa que deram a volta, mas antes as arrancadas individuais e a entrega de alguns dos jogadores.

Mesmo neste período, que aliás foi curto porque o Sporting, com a vantagem, imediatamente perdeu o domínio do jogo (controlou-o onde foi capaz, com as excepções a serem mais uma vez os lances de bola parada), não se viu uma jogada colectiva ou movimentações estudadas do colectivo.

Claro está que a expulsão do jogador da Académica tranquilizou ainda mais o jogo do Sporting, ficando logo aí quase certa a vitória, se não nos lembrar-mos dos tais lances de bola parada, que são algo que se repete, jogo após jogo, sem que pareça existir vontade de os resolver por parte dos técnicos.

Fica no entanto uma questão importante. Que acontecerá no dia em que for escolhido o mesmo processo (arriscar na frente, jogando com dois blocos, o defensivo e o ofensivo, separados por 30 metros) contra um adversário de maior qualidade?

sábado, agosto 29, 2009

SAIDA DE ROCHEMBACK

Naturalmente que a dispensa de um jogador eminentemente titular (era esse pelo menos o seu status a época passada) a poucas horas do fecho de inscrições, e a continuada busca de reforços para o plantel, processo que se vem arrastando há semanas, não abona muito em favor do profissionalismo e qualidade de quem gere o futebol do nosso clube.

Esta saída sobretudo, numa estória mal contada e que, estou quase certo, nunca será devidamente conhecida, diz muito do aparente amadorismo com que uma actividade super profissionalizada está a ser tratada no Sporting.

Quanto ao jogador, que nunca provou na época passada a importância da sua contratação, e que demonstrava já há muito tempo uma forma física inaceitável para um atleta de alta competição, é um exemplo mais da incapacidade em aproveitar, potenciar ou resolver questões que são visíveis noutros integrantes do grupo.

TEATRINHO

"Sei quem são os actores" afirmou Paulo Bento na conferência de imprensa que antecedeu a partida para Coimbra, para mais um jogo do Campeonato.

Deve conhecê-los por serem dos poucos que acompanham a equipa a todo o lado.

Só não entendo como é que o treinador do Sporting não percebe porque razão alguns (e alguns implica um grupo muito pequeno, quase mesmo insignificante em número) mostram a sua insatisfação perante resultados e exibições que estão longe daquilo que se deve exigir à equipa.

Como pode existir admiração perante mostras de insatisfação a exibições como a de Enschede ou da Madeira, com resultado negativo numa competição onde os pontos perdidos podem fazer a diferença?!

Não foi o presidente Bettencourt que defendeu que os adeptos devem reivindicar boas exibições e resultados, que a isso têm direito, e que a pressão dessas reivindicações são úteis ao próprio grupo?

Como interpretar as declarações do técnico, sobretudo mencionando "realizadores" e "patrocinadores"?

Sendo Paulo Bento um homem de coragem, característica aliás que ainda há dias afirmou não lhe faltar nunca, não deveria ser mais claro e referir expressamente o que queria dizer?

Caro Paulo Bento, não perca tempo com estas coisas, que no fundo mais cavam a divisão na massa adepta do clube, procure é perder tempo com a resolução dos problemas que nos levam a estar tão atrás na tabela classificativa do Campeonato e já termos sido eliminados da Champions League.

quinta-feira, agosto 27, 2009

PASSO EM FALSO



A atitude de José Eduardo Bettencourt hoje à chegada da equipa ao aeroporto foi um grande tiro no pé.

Perdeu uma excelente oportunidade para, de uma forma calma e construtiva, promover a união dos adeptos e alguma pacificação da nação leonina, que no fundo nem é assim tão extensiva quanto ultimamente, por motivos interesseiros e de desresponsabilização, querem fazer crer.

Perdeu também uma enorme oportunidade de se respeitar, respeitar os adeptos e respeitar o clube, porque se é verdade que nesta realidade virtual, nem sempre os intervenientes utilizam a boa educação na forma como comentam as figuras ligadas ao clube, a realidade é que um presidente do Sporting não pode, de forma nenhuma, reagir daquela forma.

Sublinho uma imagem que me pareceu errada, a do treinador a tratar o presidente por tu e pior, parecendo incentivá-lo a tomar uma atitude perante a "provocação" que era produzida.

Meus amigos, Bettencourt foi eleito pelos associados para os representar na gestão do clube e não, ao contrário do que costuma acontecer, para defender os funcionários das criticas efectuadas pelos adeptos.

Espero honestamente que chegue o dia em que os dirigentes percebam exactamente qual é o seu papel e actuem em conformidade, porque isto de só exigir para um lado e perdoar ao outro todas as falhas tem, necessariamente, que acabar, para bem do Sporting.

terça-feira, agosto 25, 2009

UM SENTIDO CONSELHO

Caro Presidente,

Não vale a pena entrar em grande discussão acerca do momento actual do clube. Passados quase 3 meses do inicio do seu consulado, só tenho um conselho a dar-lhe.

Troque rapidamente este documento!!!


terça-feira, agosto 18, 2009

OUTRA DANÇA

Depois de um jogo na Madeira pouco conseguido até aos 70' e jogado a partir dessa altura mais com o coração que com a cabeça, isto perante um orçamento algumas vezes inferior ao do Sporting (parece que agora está na moda fazer essa comparação, desde que ele seja benéfica para o Sporting), hoje joga-se bastante da época leonina.

Desportivamente joga-se o prestígio do clube, tremendamente abalado pela penúltima eliminatória na competição e que esperei ver recuperado nos jogos com o Twente, que afinal só vieram piorar ainda mais essa imagem.

Financeiramente joga-se, entre várias receitas a arrecadar, quase metade do orçamento do Sporting desta época, o que se para o actual presidente não é muito relevante (foram as palavras dele ao não considerar "imprescindível" a presença nesta competição), para mim parece-me fundamental, isto se pensarmos a médio/longo prazo.

Já se sabe que o adversário é complicado, desde logo por ser italiano, depois por possuir alguns excelentes jogadores, qualitativamente muito acima do que podemos apresentar em campo.

Mas utilizando um velho cliché da bola, "são onze contra onze", e nesse sentido acredito sinceramente que o Sporting possa arrecadar uma importante vitória que permita ir a Itália sem demasiada pressão, para controlar o jogo e aproveitar uma maior abertura por parte da Fiorentina.

Agora é com a equipa, assim esteja ela preparada e interessada em apresentar trabalho.

sábado, agosto 15, 2009

VAI COMEÇAR


FORÇA LEÕES!!!

terça-feira, agosto 04, 2009

ACREDITO QUE SIM

Porque existirá mais espaço no meio campo adversário e porque a pressão deles não será tão forte quanto a de há uma semana.

Depois porque acredito sempre em Liedson, mesmo em baixa de forma.

E sobretudo acredito porque, para lá de toda a qualidade de uma equipa, existe algo quase fundamental para se ser vencedor... vontade de ganhar. E a equipa sabe muito bem que não pode falhar hoje, nem serão permitidas desculpas esfarrapadas, pelo que confio que estarão certamente absolutamente concentrados no que há para fazer.

Fica é uma questão. Uma vitória hoje à noite é suficiente para tranquilizar os sportinguistas em relação às possibilidades da equipa para esta época?

Ao ouvir e ler alguns parece que sim, assumindo a bitola normal de exigência instalada nos últimos anos em Alvalade, pessoalmente não acho que seja assim. Mas essa é uma avaliação mais acertada de fazer lá para o inicio de Outubro.